segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Uma Análise de Maricá

A restinga é uma adaptação da mata atlântica em um ambiente arenoso que retém pouca umidade (com ventos marinhos, marisia, salinas). No passado, era uma enseada, mas com o tempo foi se transformando num cordão arenoso, onde a água ficou represada. Do Sul ao Norte do Brasil havia restinga, porém, com a vinda da urbanização, poucos locais de restinga sobraram.

A restinga fica entre o Oceano Atlântico e a lagoa. Nela podemos destacar a vegetação que é derivada da mata atlântica, o cacto presente na região se situa do Uruguai ao Rio Grande do Norte e conseguiu se adaptar mesmo com o nível do mar muito alto. Alguns exemplos de plantas presentes na restinga são o Camboim, Bapeba, Caldo de Vinagre, Pitanga, Caju, Araçá, e plantas medicinais como o Saião, Erva-Cidreira, Capim-Limão, dentre outros. As árvores são diferentes, são tortuosas, com muita resistência. Entre as árvores frutíferas citadas anteriormente, a que mais se destaca é a Pitangueira.

Podemos destacar também as falésias, que são encostas de eras geológicas bem anteriores a formação da lagoa, são as falésias mais ao Sul que nós temos na América. Maricá é o único local que nós encontramos falésias ao Sul do nosso litoral. Foi formada por movimentos diferentes do nível do mar e é um ponto de interesse geológico.

Na restinga de Maricá existem animais endêmicos (que só existem naquele local). Em termo de vida marinha é um berçário do Oceano, pois os peixes procuram águas calmas para se reproduzir. Nestes sistemas lagunares, o pescado está acabando por consequência da pesca irregular dos pescadores de fora.

Os sambaquis eram usados pelos indígenas para a pesca, para a moradia temporária, servia também como depósitos de restos de indígenas (lança quebrada, flecha, etc.), como cemitério, como ponto de observância, etc.

Maricá foi a cidade da região metropolitana que mais cresceu, porém não tem tratamento de esgoto adequado e não chega a 5% da porcentagem da população que tem água canalizada.

Estão presentes na lagoa, canoas de 200 anos, que foram feitas com troncos de árvores dos morros em volta da lagoa.

Referência: Celma (Pesquisadora e ambientalista).

Um comentário:

  1. Parabéns ao grupo pelo blog!
    Muito bem organizado e atendendo às solicitações feitas.
    Apenas duas postagens não trazem referência bibliográfica: a de Jhonatan e a de Ricardo.
    Paz e Bem,
    Renata

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