sábado, 23 de outubro de 2010

Marcação de Carbono 14 na datação

Fotos do Sambaqui da Beirada em Saquarema


Vamos falar um pouco, sobre quem descobriu a técnica de datação por carbono - 14, o que é, para que serve e como pode nos beneficiar.

A técnica de datação por carbono-14 foi descoberta nos anos quarenta por Willard Libby. Ele percebeu que a quantidade de carbono-14 dos tecidos orgânicos mortos diminui a um ritmo constante com o passar do tempo. Assim, a medição dos valores de carbono-14 em um objeto antigo nos dá pistas muito exatas dos anos decorridos desde sua morte.

Esta técnica é aplicável à madeira, carbono, sedimentos orgânicos, ossos, conchas marinhas - ou seja todo material que conteve carbono em alguma de suas formas, e o absorveu, mesmo que indiretamente, como pela alimentação com organismos fotossintetizantes, da atmosfera. Como o exame se baseia na determinação de idade através da quantidade de carbono-14 e que esta diminui com o passar do tempo, ele só pode ser usado para datar amostras que tenham até cerca de 50 mil a 70 mil anos de idade.

Este limite de valor é dado pelos limites práticos da sensibilidade dos métodos analíticos, que para quantidades extremamente pequenas do elemento a detectar, passam a tornar a determinação pouquíssimo confiável ou mesmo impossível.

Ocorrência no corpo humano

Dado que essencialmente todas as fontes de alimentação humana são derivadas das plantas, o carbono que compõe nossos corpos contém carbono 14 na mesma concentração da atmosfera. Os decaimentos beta de nosso radiocarbono interno contribui com aproximadamente 0,01 mSv/ano (1 mrem/ano) para cada dose pessoal de radiação ionizante. Isto é pequeno comparado à doses de potássio 40 (0,39 mSv/ano) e radônio (variável). Carbono 14 pode ser usado como um traçador radioativo em medicina. Na variante inicial do teste respiratório com uréia, um teste diagnóstico para Helicobacter pylori, uréia etiquetada (marcada) com aproximadamente e 37 kBq (1.0 µCi) de carbono 14 é fornecida ao paciente. No caso de uma infecção por H. pylori, a enzima urease bacterial quebrará a uréia em amônia e dióxido de carbono marcado radioativamente, o qual pode ser detectado por contagem de baixo nível na respiração do paciente. O teste respiratório de uréia com C14 tem sido grandemente substituido pelo teste respiratório de uréia com C13 o qual não apresenta questões relacionadas à radiação.

Referência: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono-14

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